domingo, 14 de fevereiro de 2010

ADMINISTRAÇÃO ECLESIASTICA - ARTIGO ESPECIAL

INTRODUÇÃO

Este artigo pode trazer interesse para muitos, mas também é odiado por uma grande maioria. Chiavenato, “Teoria Geral da Adminstação” trata este tema como o terceiro setor, isto devido à ausência do primeiro setor (estado), a omissão do segundo setor (privado), este terceiro setor é constituído por ONGs, Fundações, Entidades Beneficentes, Fundos Comunitários, Entidades sem fins lucrativos e Entidades Religiosas, muitas dessas instituições não possui nenhum tipo de organização formal de estrutura legal, financeira ou mesmo a documentação necessária para seu funcionamento (estatuto social, registro em cartório, CNPJ, alvará regimento interno, etc...), alias, para saber se qualquer instituição existe legalmente basta se dirigir ao cartório de títulos e documentos públicos do município e solicitar uma copia do contrato social ou estatuto social.
Neste caso vamos falar das entidades religiosas, cristãs pentecostais e neo-pentecostais, que vou tratar apartir de agora como instituições/organizações.
Qualquer uma dessas instituições/organizações deve proceder de acordo com as leis vigentes no país, se isso não ocorrer já iniciou errado imagine como será a seqüência, todas as entidades necessitam de doações financeiras que normalmente são dos membros/associados ou por simpatizantes, que para as entidades religiosas possuem uma nomenclatura de dízimos, ofertas, premissas, etc...

DESENVOLVIMENTO

É considerável o crescimento destas instituições/organizações no Brasil, também é inegável o crescimento dos escândalos financeiros que tem colocado em duvida a credibilidade da sua principal função que é “Pregar as boas novas de Cristo”, estas deficiências administrativas e financeiras nem sempre é de má fé, mas sim do despreparo e desconhecimento de muitos lideres que ocupam estes cargos, normalmente a diretoria das instituições/organizações são compostas por pessoas com uma excelente reputação e uma vida ilibada na comunidade, porém não preparadas para ocupar tais cargos, ou mesmo representa-lás, não sabem que a diretoria é co-responsável pelos bens tangíveis e intangíveis da instituição/organização, deve se observar que a boa vontade não são os principais requisitos para ocupar estes cargos, é necessário a profissionalização de cargos administrativos.
Alberto Barrientos (1999) no livro “Trabalho Pastoral, princípios e alternativas” pg. 224, escreve dois exemplos interessantes, vejamos:

“Um pastor era encarregado de uma igreja. Ele pregava bem, era querido pelos irmãos, de repente começaram a surgir desconfianças, as ofertas diminuíram, alguns irmãos saíram da igreja e, finalmente apareceram acusações contra ele. Ao ser estudado o caso descobriu-se que o pastor fazia praticamente tudo na igreja, as ofertas eram recolhidas publicamente, mas dali em diante não se sabia qual o total arrecadado, nem o que se fazia com ele, pois não havia controle adequado”.
“Em outro caso, surgiram problemas entre diversos irmãos e o pastor. Este mudava constantemente as pessoas de cargo de liderança da igreja, pois diziam que não cumpriam sua tarefa. Isto criou fortes ressentimentos contra ele e uma resistência da parte dos outros irmãos a aceitar cargos. Ao ser estudada a situação, descobriu-se que os irmão “que não cumpriam as tarefas” argumentavam que eles eram nomeados e recebiam um cargo, mas não sabiam em que constituíam, quais eram seus deveres, e não recebiam nenhuma instrução para desempenhá-los adequadamente”.


TRANSPARÊNCIA/ COMPROMETIMENTO/ ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO

Na maioria das vezes os escândalos surgem pela falta de transparência dos processos administrativos das instituições/organizações, para isso é necessário manter sempre informado os membros/associados sobre as decisões, planos futuros e ações de desenvolvimento da entidade.
Por outro lado a muitos membros/associados que não enxergam seu papel na instituição/organização, e acham que ao contribuir tem o direito de exigir onde o recurso deverá ser aplicado, o direcionamento desses recursos é exclusivo da diretoria nomeada em Assembléia Geral, no entanto seu papel é verificar, acompanhar e fiscalizar se os projetos aprovados estão sendo executados de maneira correta. É necessário que diretoria/membros/associados disseminem a gestão participativa nas instituições/organizações, e que os administradores não tomassem as instituições/organizações como propriedade particular, e os membros/associados exercessem suas funções de fiscalizar, assim todos caminharam no mesmo objetivo.

CONCLUSÃO

A maioria das instituições/organizações, não discutem com seus membros/associados seu orçamento financeiro, seus projetos e ações a curto e longo prazo, se não houver um consenso entre membros e diretoria os objetivos da entidade estarão comprometidos, é preciso fazer uma avaliação entre ambas as partes sobre este assunto, é necessário diferenciar as questões espirituais das questões administrativas nas instituições/organizações. Se todos agir com bom senso e clareza não haverá duvidas sobre a administração eclesiástica.
Termino com a dedicatória do livro “Cristianismo e Política” (Calvino,2004):

“Não se deve por em duvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações”.

Concluímos que Uma boa gestão administrativa no terceiro setor siga o exemplo dos demais setores, que no mínimo as instituições/organizações possuam:
 Documentação obrigatória para seu funcionamento (estatuto social, registro em cartório, CNPJ, alvará regimento interno, etc...);
 Transparência na gestão administrativa;
 Planejamento orçamentário a curto e longo prazo;
 Controle interno contábil e financeiro;
 Comprometimento da diretoria na aplicação dos recursos; e
 Fiscalização dos membros/associados na execução dos projetos.

Ernesto Fagundes
Graduado em adminstração de empresas
Presbítero da AD - Campina Grande do Sul/ Pr



2 comentários:

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